quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O retorno do Olhar

Às vezes nos pegamos longe, sem muito o que fazer e o que pensar. Com isso nossa fotografia vai igualmente ficando empobrecida e por fim extingue-se.

A idéia aqui é retornar ao olhar e à fotografia. De hoje em diante, fotografar deve ser um exercício constante.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

fotografia pinhole (contribuição da http://www.eba.ufmg.br/cfalieri/pinhole.html)

FOTOGRAFIA PINHOLE

Pinhole é um processo alternativo de se fazer fotografia
sem a necessidade do uso de equipamentos convencionais. Sua câmera artesanal pode ser construída facilmente utilizando-se materiais simples e de poucos elementos. O nome inglês Pinhole ou Pin-Hole pode ser traduzido como “buraco de agulha” por ser uma câmera fotográfica que não possui lentes, tendo apenas um pequeno furo (de agulha) que funciona como lente e diafragma fixo no lugar de uma objetiva. Também conhecida como câmera estenopeica, a pinhole é basicamente um compartimento todo fechado onde não existe luz, ou seja, uma câmara escura com (normalmente um) pequeno orifício. A diferença básica da fotografia pinhole para uma convencional está em sua ótica. A imagem produzida em uma pinhole apresenta uma profundidade de campo quase infinita, ou seja, tem um foco suave em todos os planos da cena (tudo está focado).


CONSTRUÇÃO DA CÂMERA PINHOLE

Para se fazer uma pinhole é muito fácil; basta termos à mão o material necessário, que pode ser desde uma simples caixa de sapatos, latinha de leite em pó ou algo semelhante (desde que tenha tampa) como uma caixa de madeira um pouco mais elaborada. O primeiro passo é transformar esta caixa numa câmara escura. Para isso é necessário escolhermos uma caixa com uma tampa que vede bem o interior da mesma. Com tinta preto-fosco pintamos o interior da câmara, inclusive a tampa. Podemos também utilizar um papel cartão preto para forrar a câmara, ao invés da tinta. O importante é mantermos a câmara realmente escura. Depois, com o auxílio de uma agulha, furamos um pequeno buraco em uma das laterais da caixa/câmera. Em alguns casos, onde a dureza do material usado para câmera não permite um furo perfeito (que é fundamental), devemos então fazer um buraco maior e colar sobre ele um pedaço de papel alumínio ou um retalho de latinha de cerveja e neste sim, fazermos o furinho de agulha. Isto irá facilitar e melhorar o trabalho.


É importante observarmos que o tamanho do furo deve ser o menor
possível, com um diâmetro que não ultrapasse o da ponta da agulha. Isto é relevante em termos de definição focal e nitidez na imagem gerada pela pinhole. Devemos entender que uma imagem desfocada é conseqüência de um furo muito grande, isso em relação ao tamanho da câmera pinhole. Quanto menor a câmera, menor deve ser o furo. Evidentemente que para cada tipo e tamanho de câmera, haverá de ser este furo proporcional à distância focal. Considerando que para uma pequena câmera, tipo caixinha ou lata, fazemos um furo com agulha, para uma câmera de grandes proporções, podemos chegar a um furo com diâmetro de um dedo polegar. Podemos também usar tabelas de cálculo para conseguimos um furo no tamanho ideal e preciso. Contudo, nada se compara ao entendimento empírico, experiência artesanal e a simplicidade. Os resultados são sempre mais encantadores. Chamamos de plano focal a distância ideal onde a imagem é projetada com o melhor foco.


O segundo passo será o de verificarmos que não exista nenhum outro ponto por onde a luminosidade externa possa entrar além do orifício já feito. Este por sua vez deverá ser vedado pelo lado de fora da pinhole com um pedacinho de fita isolante preta, que servirá como o dispositivo de controle da entrada de luz no interior da câmera. Temos assim uma câmera fotográfica Pinhole pronta para o uso. Basicamente, a câmera é feita assim. Podemos, à medida em que vamos experimentando, aperfeiçoar um pouco mais e adaptar a pinhole ao nosso modo e conforme a meta que pretendemos atingir.

TAMANHOS & FORMATOS PINHOLE

O tamanho e o formato das imagens que a câmera produz depende, quase sempre, do tamanho e formato usados para construí-la. Como foi dito anteriormente, podemos fazer e usar câmeras pinhole de todo tipo e tamanho. E conseguirmos os mais diversos efeitos. Se por exemplo, a idéia é obter fotografias com efeitos distorcidos, tipo grande angular, podemos usar uma lata redonda para ser a câmera ou então colocarmos o material sensível à luz (papel fotográfico ou filme) curvado lá dentro. Se fizermos ao invés de um, dois ou mais furos na câmera, teremos imagens sobrepostas e duplicadas. Dupla exposição também provoca sobreposição de imagens. Esses e outros efeitos podem ser conseguidos e explorados, dependendo tão somente da engenhosidade e criatividade de cada um.


ALGUNS MODELOS DE CÂMERAS PINHOLE


CÂMERAS PINHOLE DE PEQUENOS FORMATOS


CÂMERA PINHOLE ESTEREOSCÓPICA C/ DOIS
FUROS PRODUZ IMAGENS DUPLAS COM EFEITOS ÓTICOS 3D


CÂMERA DE MADEIRA COM VARIAÇÕES DO PLANO E DISTÂNCIA FOCAL. ESTE TIPO DE CÂMERA
PERMITE CRIAR IMAGENS COM OPÇÕES DE DISTÂNCIAMENTO ENTRE O FILME E O FURO,
VARIANDO O TAMANHO E A COMPOSIÇÃO DO OBJETO FOTOGRAFADO.


CÂMERA 360 GRAUS COM VÁRIOS FUROS EM VOLTA DA LATA QUE PERMITE O REGISTRO DE IMAGENS DIVERSAS POR TODOS LADOS. O RESULTADO PODE SER AINDA MAIS SURPREENDENTE.


CÂMERA PINHOLE PARA FILMES 35mm. A GRANDE VANTAGEM DESTE MODELO É PERMITIR VÁRIAS
TOMADAS DE UMA SÓ VEZ, ALÉM DA POSSIBILIDADE DE SE FAZER CÓPIAS AMPLIADAS.

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# O TAMANHO, O FORMATO E MAIS UMA SÉRIE DE DETALHES DE UMA PINHOLE SÃO COISAS
QUE CADA UM DEVE DESCOBRIR E ADEQUAR A SEU GOSTO. O DESENVOLVIMENTO
E (EM CONSEQUÊNCIA) A QUALIDADE DAS FOTOGRAFIAS IRÃO SURGINDO CONFORME
O ENVOLVIMENTO DA PESSOA COM O PROCESSO.



COMO MANIPULAR E FOTOGRAFAR COM A PINHOLE

Usar a câmera pinhole é muito simples. Primeiramente precisamos lembrar que o material usado dentro da câmera (o filme que originará o negativo) requer certos cuidados na hora do manuseio. Devemos lembrar que este material é sensível à luz; portanto, o carregamento da câmera deve ser feito em um local seguro, que evite a velação do papel/filme. Em princípio, podemos usar na pinhole qualquer tipo de filme ou papel fotográfico para registrarmos uma imagem. Mas normalmente e para termos total controle do processo, usamos na produção do negativo, o papel fotográfico para P&B ou filmes ortocromáticos de artes gráficas (fotolito) com baixa sensibilidade, semelhante ao papel. A vantagem de se usar este material é a de termos a possibilidade de manuseá-lo com segurança, podendo ver o que estamos fazendo sob uma luz vermelha, que não danifica o filme. Assim, para carregarmos a pinhole com papel/filme, basta fixá-lo na parede interna da câmera, centralizando-o frente ao orifício e tampar a caixa.

Para se fotografar com esta câmera é necessário uma exposição prolongada. No momento da tomada da foto, a câmera deve
estar
apoiada sob uma base firme, evitando como resultado uma imagem tremida. É preciso praticar várias vezes alternando para mais ou para menos a exposição e tomando sempre o cuidado de anotar os tempos, para se chegar a um resultado satisfatório.

Uma dica:
Quanto maior a câmera, ou melhor, quanto maior a
distância do furo ao filme/papel, maior deve ser o tempo de
exposição. Este tempo está também relacionado à quantidade de luz da cena que queremos fotografar. Não espere conseguir imagens noturnas com apenas alguns minutos de exposição. A luz tem um papel fundamental. A composição de uma fotografia e seu enquadramento também depende de experiências previamente realizadas, pois a Pinhole não possui um visor. Esta talvez seja uma de suas características principais; mais uma vez, vale o elemento surpresa.

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PINHOLE EM CÂMERAS FOTOGRÁFICAS CONVENCIONAIS



Podemos transformar uma câmera fotográfica comum, numa
câmera pinhole. Basta que esta câmera tenha um controle de tempo que nos possibilite uma exposição prolongada (tempos B ou T no botão do obturador). Câmeras em que podemos deixar a luz incidir sobre o filme pelo tempo que quizermos. Como sabemos, para se fotografar com uma pinhole é preciso de tempo às vezes longos, às vezes nem tanto. Depende da quantidadede luz sobre a cena que desejamos fotografar. A transformação não exige grandes adaptações e nem prejudica o equipamento - é simples. O material necessário é somente papel cartão preto (tipo fotoplus), tesoura, lápis ou compasso, agulha e fita adesiva. Podemos construir uma pinhole para uma câmera com ou sem objetiva. Existem diferenças: Com objetiva (lente) - Quando vamos fazer uma câmera pinhole usando suas próprias lentes, na verdade estamos apenas criando um novo e menor diafragma, tendo assim uma maior profundidade de campo, ou seja, dando condições para que toda a cena esteja em foco, do primeiro até o último plano. Para este tipo, nós precisamos recortar no papel cartão um círculo que tenha o mesmo diâmetro da objetiva. Tire as medidas pela circunferência de um filtro qualquer da objetiva e fure o centro do círculo. O tamanho do furo não precisa necessariamente ser minúsculo, considerando o fatoda câmera possuir a lente que corrige o foco. O círculo de papel cartão deve ser fixado em frente a lente, como um filtro. Está pronta para usarmos!



Sem objetiva - A pinhole para uma câmera sem objetiva é autentica, pois sua imagem será gerada sem uma lente de correção. É uma verdadeira pinhole com recursos de uma câmera convencional. Para esta, usaremos o mesmo processo de confecção da primeira, com o detalhe para o círculo de papel que deve ser feito com mais cuidado. O furo deve ser feito com a ponta de uma agulha fina. Observaremos se o buraco não apresenta rebarbas de fibras, que podem comprometer a qualidade da imagem. A seguir, tiramos a objetiva da câmera e em seu lugar fixamos o círculo de papel cartão. Devemos vedar bem ao fixarmos nosso pinhole, evitando que a luz entre por outros lugares senão o pequeno orifício. Está pronta!


Nos dois casos apresentados, a maneira de se fotografar é a mesma. A câmera deve estar com o obturador regulado em tempo B ou T. A exposição exige um tempo que, mesmo sendo pequeno, precisa que a câmera esteja bem apoiada para evitar uma imagem tremida ou borrada. Neste tipo de experiência estamos somando a técnica da pinhole com a de um equipamento convencional. O resultado é uma fotografia essencialmente pinhole, com inúmeras vantagens e os recursos que uma câmera 35mm pode nos oferecer, além da possibilidade de uso dos diversos tipos de filmes (P&B, Cor, Infra-vermelho, Cromo, Gráficos, etc...). As imagens geradas nesses negativos e positivos, embora pequenas, podem ser ampliadas de forma digital ou analógica.

domingo, 14 de junho de 2009

Entendendo a Profundidade de Campo (DOF)

Os questionamentos sobre a profundidade de campo nas comunidades fotográfica são tão freqüentes quanto as confusões e equívocos sobre o tema. Assim justifica-se um esforço para demonstrar como tal fenômeno se desenvolve e, principalmente, como seus fatores causadores impactam sobre seus resultados.

Fisicamente só existe foco de fato em um único plano com profundidade infinitamente pequena. O que chamamos de Profundidade de Campo (Deep Of Field) é na verdade um intervalo onde o resultado, já na cópia final, gera círculos de confusão menores do a acuidade visual humana consegue distinguir. Assim teremos a impressão de que as imagens naquele intervalo ainda se encontram nítidas, não porque elas realmente se encontrem nítidas e sim porque nossa acuidade visual é incapaz de perceber diferenças entre o que está e o que não está nítido naquele ponto da imagem.

Assim temos três grandes fatores chave no que chamamos de profundidade de campo (DOF). O tamanho dos círculos de confusão capturados, a ampliação realizada sobre eles para produzir a cópia final e a própria acuidade visual humana a uma dada distância.
O tamanho dos círculos de confusão capturados é dado por aquelas variáveis tipicamente atribuídas como causadoras (mas que diferente do que é pregado não são as únicas) da Profundidade de Campo, que são a Abertura, Distância do objeto em foco e distância focal (DF). A variação destes itens modifica o tamanho dos círculos de confusão formados sobre a mídia. Com relação a estes primeiros itens podemos dizer:

Aumentar a abertura -> Aumenta os círculos de confusão.
Aumentar a DF -> Aumenta os círculos de confusão.
Reduzir a distância em relação ao objeto em foco –> Aumenta os círculos de confusão.

Mas essa não é toda a história, o tamanho dos círculos de confusão, por si só, não diz nada sobre a DOF até sabermos o tamanho final com o qual tais círculos de confusão serão vistos pelo observador. Para obtermos tal tamanho precisamos saber quão ampliados estes círculos de confusão (projetados sobre a mídia) serão quando fizermos a cópia final da imagem. Tal ampliação é dada pela relação do tamanho da cópia pelo tamanho da mídia. Quanto mais precisamos ampliar a imagem para obter a mesma cópia final, maiores ficarão os mesmos círculos de confusão. Desta forma podemos dizer que reduzir a mídia ou aumentar a cópia aumenta também o tamanho final do círculo de confusão final, ou seja, quando for mantida a abertura, Distância Focal e distância do objeto em foco, e o mesmo tamanho de cópia final, então as mídias menores produzirão Profundidades de Campo menores, diferentemente do que reza a crendice popular.
Neste ponto deste artigo muitos devem estar se perguntando “por que as compactas apresentam maior profundidade de campo para um mesmo ângulo de visão, se a redução do tamanho da mídia faz com que os círculos de confusão sejam mais ampliados?” O que leva as compactas a terem maior DOF não é o tamanho da mídia e sim a menor distância focal, pois esta faz com que a redução da DOF evolua em uma função quadrática, enquanto o tamanho da mídia possui uma evolução linear. O tamanho da mídia na verdade compensa parte do aumento da profundidade de campo que deveria ocorrer em decorrência da redução da distância focal, mas não o suficiente para manter a DOF constante.
Tal confusão é criada porque muitos fotógrafos se esquecem de isolar as variáveis para analisar como cada uma impacta no fenômeno separadamente. Quando compomos estes itens e travamos o ângulo de visão da objetiva (para que ambas as câmeras “vejam” a mesma coisa), então precisamos de uma distância focal menor, para conseguir isso em uma mídia menor. Como a distância focal possui maior impacto (como dito anteriormente) as câmeras com mídias menores, quando fotografando com o MESMO ÂNGULO DE VISÃO, acabam tendo uma menor DOF, não em decorrência do tamanho da mídia (como muitos pregam) e sim em decorrência de termos que compensar a distância focal para obter o mesmo resultado, em termos de ângulo de visão.

A última questão referente à profundidade de campo é relacionada à acuidade visual humana. Experiências mostram que o ser humano é capaz de resolver linhas de cerca de 0,2mm a uma distância de 25cm. Como a acuidade visual humana é um fator praticamente constante (daí raramente ser tratada quando se fala de distância focal) , esta questão fica praticamente nas mãos de uma variável, que consiste na distância de visualização. Sempre que afastamos a imagem visualizada temos então um aumento da DOF, pois ao aumentar a distância de visualização os círculos de confusão são percebidos em uma resolução abaixo da que tínhamos anteriormente.
Assim podemos resumir a questão da Profundidade de Campo da seguinte forma:
Aumento da abertura –> Reduz a DOF.
Aumento da DF –> Reduz a DOF.
Redução da distância do objeto em foco –> Reduz a DOF.
Redução do tamanho da mídia –> Reduz a DOF.
Aumento da cópia final –> Reduz a DOF.
Aumento da distância de visualização –> Aumenta a DOF.

As variáveis sintetizam os fatores que influenciam na profundidade de campo, assim como seus respectivos impactos sobre a mesma. Rotineiramente pensamos em três delas, alguns se lembram de incluir a mídia e a ampliação e raros se lembram da distância de visualização. Todos são componentes responsáveis pela DOF e não é possível tratar da mesma sem considerar cada um deles, pois a exclusão de algum dos itens não permitiria obter a relação entre tamanho final dos círculos de confusão e a acuidade visual humana, que é o cerne da própria definição do que chamamos de Profundidade de Campo.

Espero que este artigo tenha esclarecido as principais dúvidas sobre o tema. Para os que tiverem interesse em calcular a profundidade de campo de suas fotos o Mundo Fotográfico oferece o software DOF Calc gratuitamente em versões para uso na web ou executável para Windows e Mac.

Autor: Leo Terra
Autor dos cursos da Teia do Conhecimento

leituras & fotografias: fragmentos de textos literários

O Retrato

Eu quero a fotografia,
os olhos cheios d'água sob as lentes,
caminhando de terno e gravata,
o braço dado com a filha.
Eu quero a cada vez olhar e dizer:
estava chorando. E chorar.
Eu quero a dor do homem na festa de casamento,
seu passo guardado, quando pensou:
a vida é amarga e doce?
Eu quero o que ele viu e aceitou corajoso,
os olhos cheios d'água sob as lentes..

in Bagagem de Adélia Prado.
Livros Cotovia, Lisboa, 2002.

“Da Fotografia a Preto e Branco ao Digital” Texto de Fernando Cunha

A fotografia é hoje em dia um instrumento quase indispensável para a sociedade. Em quase todos os lares, existe uma máquina fotográfica. É comum os amigos e famílias usarem as fotografias para guardarem momentos especiais e não só, mas será que sempre foi assim? Será que a fotografia sempre foi tão acessível como é hoje?

Para tentar explicar tudo isto fui a umas das casas de fotografias mais antigas da vila, Foto Matos, onde falei com o fotografo Lima Pereira.

É sensato começar por dizer que a Fotografia a preto e branco não tem nada a ver com o trabalho que é feito actualmente. A revelação era um trabalho moroso e totalmente manual, sendo este processo algo complicado não estando ao alcance de qualquer pessoa. Para a realização deste processo “era necessária a escolha do tipo de papel mais adequado, sendo que existia um tipo de papel para quando os negativos estavam mais suaves, outro para quando estavam mais duros e outro para quando se encontravam normais”, cabia ao fotógrafo fazer a escolha. A passagem do negativo para o papel fazia-se através de um ampliador manual, que fazia a impressão do negativo na folha. A pessoa que fazia este trabalho tinha de controlar o tempo de luz ou pela experiencia que já tinha ou um pouco à sorte, tentando várias vezes até a fotografia ficar bem. Em seguida, vinha a parte química da revelação, para a sua realização era necessário ter um conjunto de químicos (revelador, fixador, branqueador). Existiam umas medidas e tempos predefinidos, mas cada fotógrafo com a sua pratica definias as suas próprias medidas e tempos. Nesta parte química, as fotografias eram primeiramente colocadas no revelador, passando depois para o fixador (“no fixador não podiam estar tempo de mais, pois corria-se o risco de com o passar do tempo estas vir a ficar amarelas ou até mesmo desaparecer”). Por último, passava-se à lavagem das fotografias, “eram posta em cuvetes com água a correr para tirar os químicos e ficavam lá mergulhadas por vezes até perto de um dia, e todas a fotos levavam um retoque final”, onde eram limpas manualmente retirando por exemplo pó ou um cabelos que ficasse marcado na altura da impressão.

Como podem constatar era realmente um procedimento muito trabalhoso, demorado e que exigia bastante perícia. Outro facto relativo ao preto e branco é o elevado preço, era um trabalho bastante caro fruto de todos estes pormenores que já referi.

Segundo Lima Pereira, “a fotografia já na era das cores tinha inicialmente um processo de revelação igual ao do preto e branco”, mas entretanto surgiram as primeiras máquinas de impressão que vieram tornar a revelação de fotografia num acto mais vulgar. Se no processo manual era necessário realmente perceber de fotografia, com este método tornou-se mais simples ficando mais acessível. Em relação aos custos, houve alteração radical ficando muito mais barato revelar fotografia. Isto é comprovado pelo seguinte, “se processo manual se quisesse revelar vinte fotografias tinha-se de fazer vinte vezes o processo de revelação já com esta automatização bastava carregar no botão e saiam vinte fotografias”.

O próximo passo na história da fotografia foi o digital. Com esta evolução Lima Pereira, afirma que “perderam-se totalmente as noções originais do que era a fotografia”. Nos dias de hoje qualquer pessoa pode revelar fotografia, claro está que uns o fazem melhor do que outros. Continua a existir o processo de correcção de fotografias, mas com o digital faz-se tudo por computador e é muito mais fácil realizar esse trabalho. Através de programas electrónicos podem-se fazer coisas impensáveis à uns anos atrás, tais como, colocar uma pessoa num local onde não esteve ou mudar a roupa de uma pessoa.

Quanto à componente económica é muito mais barata que a fotografia a preto e branco, não só devido a “este ser um processo muito menos trabalhoso e moroso, à concorrência entre fotógrafos mas também devido ao facto de as pessoas hoje em dia em vez de revelarem as fotografias as armazenarem, e como forma de incentivo baixam-se os preços”.

No entanto, mesmo com todas estas vantagens que referi têm-se voltado a aderir à fotografia a preto e branco. Mas achas que a fotografia a preto e branco dos dias de hoje é produzida pelo mesmo processo de antigamente?

A resposta é claramente não, até porque “são cada vez menos a pessoas que ainda sabem realizar esse processo e também porque não iria ter o mínimo de rentabilidade”. O preto e branco de agora é automático, muda-se de cores para preto e branco no computador e também em quase todas as maquinas exista já uma opção que permite tirar logo a foto no modo preto e branco. “Estas fotos são impressas no mesmo papel da fotografia a cores e têm o mesmo preço. Contudo comparando o preto e branco de antigamente com o da actualidade, não à margem para duvidas, o de antigamente é de uma qualidade muitíssimo superior”. Era um trabalho que exigia muito mais profissionalismo, mais custos, mas que era de maior qualidade e sobre tudo eram mesmo preto e branco. Agora ficaram a pensar o que quero dizer com isto do eram mesmo a preto e branco, passo a explicar, actualmente as fotografias chamadas de preto e branco mais não são do que uma conjugação de tons de cinzento.

Em suma, a fotografia sofreu grandes transformações ao longo dos anos e a todos os níveis, de tal forma, que vieram tornar a fotografia em algo banal e de fácil manejo. Desmistificou-se o ideal de fotografia, sendo que hoje em dia o essencial para fotografar é não cortar cabeças e pés. No entanto há também o lado positivo de que toda a gente pode utilizar e gozar dessa arte que é fotografar.




Fernando Cunha

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Concursos Fotográficos

Prêmio Porto Seguro de Fotografia 2009
Publicado por Eduardo Chaves
Arquivado em: Concursos


A Fotografia e o tempo


A Fotografia e o tempo Desde o seu aparecimento, em meados do século XIX, a relação da fotografia com o tempo ajuda a definir sua natureza. Afinal, para muitos, o que é a fotografia a não ser a materialização do desejo de captar o fugaz, o transitório? De fato, essa é uma de suas características e talvez aquela que a torna tão interessante, capaz de seduzir a todos que dela se aproximam, do velho à criança.


Das longas exposições para a produção de daguerreótipos até a captação via celular de uma imagem para ser enviada quase automaticamente a qualquer parte do mundo, a fotografia mantém seu caráter sedutor. Justamente por essa capacidade de congelar o instante, tornando perene o fugidio, ela fascina quem a vê.


No entanto, a relação da fotografia com o tempo não se resume à sua mera (e ao mesmo tempo estupenda) capacidade de congelar o fugaz.


Indicando uma “segunda natureza” da fotografia, vários de seus operadores se prestaram e se prestam a explorar suas possibilidades de instrumento para preservar a extensão do tempo. E essas possibilidades sempre foram inúmeras. Desde as primeiras fotomontagens de meados do século XIX às últimas experiências cinematográficas, o que foram elas a não ser tentativas bem-sucedidas de fixar a duração, de aprisionar e estender o tempo?


E aqui a referência não é apenas ao tempo corrido do cotidiano, dominado pelo relógio. Também está em pauta o tempo dilatado dos símbolos e aquele sintético das alegorias que desde sempre povoaram as fotomontagens, tenham sido elas produzidas a partir da montagem artesanal de fotos justapostas a outras fotos ou das trucagens digitais.


Do século XIX ao XXI, ao lado de produções fotográficas que congelavam o instante, emergiu e seguiu paralela uma fotografia que – quem sabe insatisfeita com aquela sua “primeira natureza” – investiu em intersecções de flagrantes, sequências de deslocamentos...


Walter Benjamin observou em um de seus ensaios que à fotografia isolada faltava algo e que essa lacuna era o que a levava a ser complementada por legendas ou, então, por outra fotografia, e outra, e outra...


Enfim, é no congelamento do instante ou na criação de uma extensão temporal, objetiva ou não, que a fotografia opera, seja ela uma fotografia jornalística, publicitária ou “autoral”; seja ela analógica ou digital.


Nesta edição do Prêmio Porto Seguro Fotografia, a relação ambígua entre o tempo e a fotografia é recolocada em cena, abrindo a possibilidade para que seus mais diversos praticantes possam colaborar na ampliação deste debate. Digital ou analógica, materializada no papel ou enviada via celular; comprometida com os mais variados propósitos ou ostensivamente “pura”, é a maneira como o fotógrafo opera com o problema do tempo na construção da imagem (às vezes indo contra as próprias injunções do aparelho) o que interessa ao Prêmio Porto Seguro Fotografia investigar, exibir e premiar. Tadeu Chiarelli Curador do Prêmio Porto Seguro Fotografia 2009.


Para acessar o regulamento e as inscrições, acesse:

http://www.mapadasartes.com.br/setoresnn.php?sal=1&sid=19

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nova Gramática da Língua Portuguesa: Reveja seu Português

Essa é uma dica que trago diretamente de um blog que começou com o pé direito, o Mc’Pode?com. É que o presidente Lula sancionou a nova Gramática da Língua Portuguesa, claro, no Brasil. Agora, todo mundo precisa reestudar português para que tudo fique ok e não haja novos erros em seus textos.

Nova Gramática da Língua Portuguesa: Reveja seu Português

Acontece que já tem um bom tempo que os países que têm a língua portuguesa como oficial estão tentando criar um padrão único para todos. O Brasil se dispôs logo e aceitou o acordo. Agora, a mudança já está valendo. Podem pesquisar as novas regras e aprender a usá-las.

Nova Gramática da Língua Portuguesa: Reveja seu Português

Jornalistas, atualizem-se. Blogueiros, atualizem-se. Galera, atualize-se. Ô.ô
Para saber tudo o que mudou na gramática, clique aqui e visite o artigo do Mc’Pode?com.

Veja resumidamente algumas mudanças:

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
- Nos demais casos não se usa o hífen.
- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r.
- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.

Sempre se usa o hífen diante de h
1. Prefixo terminado em vogal:
- Sem hífen diante de vogal diferente
- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s
- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras
- Com hífen diante de mesma vogal

2. Prefixo terminado em consoante:
- Com hífen diante de mesma consoante
- Sem hífen diante de consoante diferente
- Sem hífen diante de vogal

retirado de putzgrilo shop

quarta-feira, 13 de maio de 2009

ILUMINAÇÃO COM O VIVITAR- DICAS


Aqui você tem dicas de como usar o flash vivitar, considerado por muitos (principalmente os mais antigos) como uma das maravilhas da iluminação portátil.





O Vivitar, 283 e 285, são flashes simples, potentes e confiáveis.
Para se usa-lo com eficiencia, basta seguir as regras básicas, que podem sofrer pequenas variações, mas na base, são regras efetivas para uma boa iluminação: No modo manual na câmera, regule a abertura F para F 4,9 ou F 5,em ISO 100, TANTO NA DISTANCIA FOCAL 28mm como também na 300mm. No flash, regule-o para os modos auto azul ou vermelho, de acordo com o gosto(mais luz ou menos luz).Para manter a mesma eficiência de iluminação com ISOS maiores, use o fator 1,41, multiplicando-o, pela abertura base em ISO 100, da seguinte forma,alterando a abertura para a abertura encontrada:
ISO 100 = F 4,9 OU F 5 (MODO BLUE OU RED NO FLASH)
ISO 200 = F 4,9 X 1,41 = usar F 6,9 (MODO BLUE OU RED NO FLASH)
ISO 400 = F 6,9 x 1,41 = usar F 9 (MODO BLUE OU RED NO FLASH)
RESUMINDO
Basicamente usar F 4,9(ISO 100), F 6,9(ISO 200) F 9 (ISO 400)
sendo que tais aberturas devem ser as mesmas, tanto em 28mm e em 300mm.
ISO 100 = F 5 OU F 4,9 (BLUE OU RED FLASH)
ISO 200 = F 5 x 1,4 = F 6,9 (BLUE OU RED)
ISO 400 = F 6,9 X 1,4 = F 9,5 (BLUE OU RED)
Veja bem,Essas regras são básicas ( eu gosto do modo azul), porem ha casos que a curta distancia, uso o vermelho do flash.Abraços.

VIVITAR 283/285 ( MODO AUTOMATICO)
Explorando o Vivitar, versões 283/285, a tabela abaixo É até o momento,os melhores ajustes que obtive para se trabalhar com os referidos flash,desde que os números "F" sejam os mesmos, tanto na distancia focal 28mm quanto em 300m, ou,que o numero "F" seja o mais aproximado possível aos citados. Façam testes e averigúem, pois os testes que fiz, foram efetuados com flash novos, em perfeitas condições.

ISO 100
ROXO - F 7 PARA DISTANCIAS ENTRE 1 E 3 m
AZUL - F 5 PARA DISTANCIAS ENTRE 3,10 a 5 m

ISO 200
ROXO - F 10 PARA DISTANCIAS ENTRE 1 e 3m
AZUL - F 7 PARA DISTANCIAS ENTRE 3,10 e 5 m
RED - F 4,5 PARA DISTANCIAS ENTRE 1 E 3m

ISO 400
ROXO - F 14 PARA DISTANCIAS ENTRE 1 e 3 m
AZUL - F 10 PARA DISTANCIAS ENTRE 3,10 e 5 m
VERMELHO - F 6,5 PARA DISTANCIAS ENTRE 1 E 3 m

VIVITAR 283/285 ( MODO MANUAL)
Há quem prefira usá-los no manual, e em certas circunstancias, assim, considerado a lente e a distancia focal da mesma , e pelo fato de ser zoom (que absorve muita luz), o NG (NUMERO GUIA) dos referidos flash, passa a ser efetivamente para efeito de calculos e aberturas,de 36 (p/lente fixa em ISO 100) para NG 25 (EM ISO 100),36 (ISO 200) e 49 (ISO 400):
Dividindo-se o NG pela abertura usada, teremos a distancia coberta pelo mesmo, no modo manual:
ISO 100
NG 25 :F 11 = até 2,30m
NG 25: F 8 = até 3,00m
NG 25 :F 5,6 = até 4,40m
NG 25 :F 5 = até 5,00m
NG 25 :F 3,5 = até 7,00m

Logo, o fator de conversão do NG para ISOS superiores, é multiplicar-se "1,41", pelo NG base em ISO 100, que chegaremos ao NG efetivo para ISOs 200(NG 25 x 1,41) e ISO 400 ( NG 36 x 1,41).

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES.
Como não existem regras absolutas, há casos em que possa se fazer necessário, fechar-se o diafragma em meio ponto. Pois muitas situações podem influenciar numa iluminação.

Fonte: Texto do usuário Fhocus.

domingo, 10 de maio de 2009

Como usar o flash Nikon sb-600 criativamente

Introdução

O Flash SB-600 não é o modelo mais novo da Nikon (é o SB-800), mas oferece uma gama de recursos que irá satisfazer a diversos usuários das máquinas D70, D70S, D50, D2H, D2Hs e D2X. Principalmente aqueles que não querem pagar, em média, 60% a mais pelo modelo mais novo.
O SB-600 faz todas as coisas que o SB-800 e custa bem menos. Além diso com ele você terá um flash menor, mais leve com quase o mesmo poder e características que importa, como controle remoto sem fio em TTL automático. Claro que a Nikon prefere que você compre o SB-800, por isso a promoção dele em todos os locais.
Colocando lado a lado os dois flash as diferenças principais são que o SB-600 tem 2/3 menos poder no alcance máximo (30 metros em ISO 100 comparado ao SB-800 que é 38 metros). No entanto o tempo de reciclagem da bateria é mais rápido no SB-600 e também a quantidade média de flashes (2.5 segundos e 220 flashs (Ni-MH)). O SB-800 leva 4 segundos para reciclar e só dá para mais ou menos 150 flashs.


Usando com as câmeras DSLR da nikon é possível alterar a exposição tanto no flash quanto na própria câmera. Mas sem dúvida alguma uma das principais vantagens é o sistema remoto sem fio. Com ele é possível disparar o flash SB-600 fora da câmera, o que resulta em excelentes resultados, limitado a criatividade do fotógrafo.


Especificações

- Trabalha com todas as Nikon SLR: i-TTL para F6, D70 (D70s e D50), D2X e D2H (D2Hs), D-TTL para D100, D1, D1X e D1H e TTL regular para todas as máquinas fotográfica que suportem TTL.
- Número Guia de 30 metros em ISO 100.
- Zoom de 24mm a 85mm (Cobertura do flash - margem de distância focal da objetiva).
- Controle manual de intensidade de 1 até 1/64 em pontos de 1/3. Podendo ser extendido a 14mm usando o adaptador embutido para wide.
- Modo não TTL “A”. Isto é o modo que se usaria com uma máquina fotográfica de filme fabricada antes de 1979 (máquinas fotográficas históricas).
- Nenhum modo estroboscópio (pra mim isso além de ser inútil, só encarecendo o flash, acaba por estragar o uso com fotocélulas).
- Controle de exposição do flash de -3 a +3 em pontos de 1/3
- Dimensões aproximadas (Largura x Altura x Comprimento) - 68 x 123.5 x 90 [mm]
- Fonte de alimentação (baterias tipo AA) - 4 (SB-800 usa 5)
- Peso (sem bateria) aprox.- 300 g
- Cabeça giratória tanto na vertical quanto na horizontal.
- AUTO FP Sincronismo de Alta Velocidade (apenas com a D2H): usado com velocidades rápidas para alcance efetivo do elementos fora do foco (confuso não?)
- Informações de Cor do Flash – Equilíbrio de branco melhorando fazendo uso dos dados do Speedlight.
- FV – Trava o valor do flash (como o AE lock), podendo recomor a ena.
- i-TTL- sistema muito preciso que controlo o alcance do flash e monitora a exposição.

- Sistema Criativo de Iluminação - trabalha fora da sapata por comunicação sem fio.

Configurações personalizadas
Aqui é possível alterar algumas configurações, entre elas, a comunicação com a câmera (fora da sapata ou na sapata da câmera).
Você acesa as configurações personalizadas pressionando e segurando dois botões ( ZOOM e "-" ). Você então seleciona o que você quer fixar com o "+" e "-" botões.. Para sair das configurações personalizadas que você tem novamente que apertar o ZOOM e "-" botões. Para sair pressione o botão POWER.

É possível alterar:
- Modo de Wireless (ícone: seta em forma de Z): Padrão é off. Ligue para usar como escravo. Se você fizer, você terá um conjunto diferente de funções personalizadas, citadas mais abaixo. Quando setado para ON o flash não pode ser usado normalmente na sapata. Quando em ON aparece a seta em forma de Z no LCD do flash.

Assistente de iluminação do AutoFocus (ícone: AF-ILL): Padrão é ON. Desligue isto se você não quiser o iluminador vermelho emitido pelo flash quando não é possível conseguir o Auto Foco devido a luminosidade insuficiente. venha quando eles precisarem. Eu aconselho deixar em ON, funciona muito bem mesmo. Em situações ruim de foco, o mesmo e torna quase instantâneo. O formato da luz é em cruz, com 4 na vertical / horizontal, em bom tamanho.

Power Standby (ícone: STBY): Padrão é Auto, que significa o flash desliga automaticamente e retorna imediatamente quando tiver que ser usado. Isto é bom porque poupa bateria. Quando STBY está ativo você verá o ícone o tempo todo o flash está ligado. Seria muito bom que o flash pudesse ficar nesse modo sempre, ou seja, sempre em standby.

Zoom: Padrão é Auto. Muito bom também já que trabalha com lentes com CPU, ou seja, se você estiver usando a lente do kit, por exemplo, e colocar o zoom para 70mm, o zoom do flash também muda para 70mm, permitindo um maior alcance.

Iluminação do LCD (ícone: lâmpada incandescente): Padrão é ON. Isso significa que o LCD ilumina a qualquer hora que se apertar um botão, que é bom. (Quando usa o iluminador do painel da câmera, o LCD do flash também acende).

Se definir o modo sem fio, aqui estão as opções disponíei.:

Som (ícone: nota de musical, realmente uma oitava nota para você músicos) Padrão é ON. Se você deixar isto para OFF verá um ícone de "Nenhuma Música" no LCD. A razão para deixar em ON é que quando trabalhado em escravo serve para aviar que o flash escravo é disparo corretamente enquanto você está olhando no visor.

rL: Luz de leitura auxiliar: Padrão é ON. Ativa dois pequenos Leds na FRENTE do flash assim você pode ver eles. Parece brincadeira mas a Nikon gasta cinco páginas em partes diferentes do manual tentando dizer isto.

Você também tem a opção para desligar a iluminação de LCD no conjunto de funções personalizadas sem fio.



Como podem ver o SB-600 serve muito bem. Talvez o custo mais elevado do SB-800, algo que estou tentando descobrir, possa ser devido a alguns acessórios extras e poder funcionar como MASTER (claro que estou sendo irônico). Ele em com umas filtros coloridos (mas dá para improvisar), com um omni-bounce (serve para difundir a luz) que eu já improvisei o meu (o resultado é fantástico e pode ser visto mais abaixo). Ele tem também o chato modo estroboscópico, o alcançe a mais pode ser significativo, mas talvez para economizar quase R$ 500,00 você possa caminhar 8 metros e compensar essa diferença.


Link para o manual Portugues do SB-800
Link para o manual Portugues do SB-600

Como fazer o SB600 trabalhar fora da Camera


Você primeiro dizer a camera que o flash será pelo Commander Mode.
Na D70/D70s bá no Menu CSM - 19 (Flash Mode). Dentro dele escolha Commander Mode. Irá abrir um submenu, então escolha TTL.

Agora vá no SB600.
Ligue-o fora da camera. Pressione simutaneamente o botão ZOOM e -, e segure um pouco. Irá entrar no Mode CSM do flash. A primeira opção é justamente a da comunicação fora da Sapata (definida por uma seta torta), por padrão está em OFF, para deixar em ON, pressione o botão MODE. Agora pressione o botão ON. note que mudou no LCD. (para melhor identificação olhe na foto acima do painel trazeiro)

O valor acima de CH deve ser 3 e do Group deve ser A. Esses são os valores para o
SB600.

Agora na camera acione o flash da camera (coloque ele para fora), ele irá emitir vários flashes estroboscópicos para fazer a leitura TTL e enviar para o flash. Prontinho, agora é só usar a imaginação.